Geral

Conteúdos de carácter geral que não se enquadram em nenhuma categoria particular.

Natal Cabo Verdiano

Não há neve, nem renas, nem trenós,
Mas há sol, palmeiras, praias tropicais,
Barcos coloridos na areia macia e cálida
E vendedores de rua e crianças felizes.
 
É Natal com mar azul ou turquesa cintilante,
Chuva morna e vento seco vindo do deserto.
Há pastores e cabras de várias cores nas achadas
E luzes nas ruas e árvores de Natal nas casas.
 
Tudo brilha. É noite de Natal e de alegria
Com a família reunida à mesa com cachupa,
Peru, bolo de chocolate, arroz-doce, gelatina,
Laranjas, ananás, maçãs, sumos e vinho tinto.
 
Há troca de prendas à meia-noite sem Pai-Natal,
Risos de crianças, abraços, beijos e felicidade.
União de família e paz. É  Natal, é a tradição!
E a noite mágica e doce é a Noite de Natal.
 
Eder Ramos- 9º ano (com o apoio da prof.ª Gracinda Correia)

Desafio superado!

No âmbito do Projeto Pessoal de Leitura, a professora Sandra Conceição, que leciona Português ao ensino secundário, lançou-me o desafio de ir às suas turmas exemplificar uma metodologia diferente de apresentação de uma obra literária.
Lembrei-me de um artigo que lera recentemente no blogue da RBE sobre o Knolling literário. A técnica Knolling é utilizada com frequência no mundo da fotografia publicitária, podendo ser adaptada à realidade educativa, neste caso, como estratégia para fomentar o gosto pela leitura e pelos livros.
A propósito da época natalícia que se aproximava, selecionamos o conto NATAL de Miguel Torga (de Os Contos da Montanha) para a demonstração da metodologia. Os alunos aderiram muito bem à ideia de tentarem seguir esta técnica que é, no fundo, uma materialização das ações da história por via da exposição de objetos significativos.Assim, os objetos representam o essencial da história que acabarão por se traduzir numa sinopse visual.
Seguidamente, para ambas as turmas (11º2 e 11º7) optamos pela leitura da obra UMA TERRA PROMETIDA, uma antologia organizada por José Fanha. Trata-se de um livro que contem nove contos distintos sobre refugiados, de nove autores portugueses diferentes . Cada turma formou vários grupos e cada grupo analisou um conto diferente. Para além da narração da história, os alunos fizeram uma análise crítica, quase sempre baseada nos objetos selecionados. E ainda houve espaço para perguntas e observações no final de cada apresentação.
Julgo que a atividade resultou em pleno, uma vez que foi visível o interesse dos alunos. Aliás, houve mais atenção e motivação quanto mais cuidado e adequação os alunos demonstraram na seleção dos objetos.
Quem quer experimentar também?
Alexandra Alves(PB)

Parceria com o Centro Cultural Fernão Mendes Pinto

A Escola Secundária Fernão Mendes Pinto é parceira no Programa Intercultural “Almada na Rota do Oriente”, um projeto de Almada Mundo Associação Internacional e do Centro Cultural Fernão Mendes Pinto.
Tendo tido em tempos um Centro de Estudos dedicado a Fernão Mendes Pinto, não queremos deixar cair o nome e a obra do nosso Patrono. Vemos, portanto, esta parceria como uma excelente oportunidade para contribuir para o seu reconhecimento como figura quinhentista importante tanto para a nossa cidade como para o nosso país. Como refere este projeto, queremos celebrar Fernão Mendes Pinto “exaltando a universalidade da Peregrinação, obra de referência humanista, histórica e literária. Neste contexto, procura-se recuperar esse legado e transportá-lo para homenagear a fórmula da interculturalidade que marcou a odisseia dos Portugueses pelo Oriente.”
A BE e o GPRE têm previstas algumas ações no âmbito do projeto, a saber
- a nossa participação nas atividades agendadas do programa cultural;
- o lançamento de um concurso de leitura para os alunos do 3º ciclo em que o livro em análise é Missão Impossível (de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada) da Fundação Jorge Álvares;
- pelo menos, uma visita de alunos de origem estrangeira e das suas famílias ao Centro Cultural, por forma a divulgar este espaço de conhecimento, contextualizar o nome atribuído à escola que frequentam e dar a conhecer um pouco da importância da obra de Fernão Mendes Pinto. Associada a esta iniciativa está também uma visita guiada à exposição de fotografia de Mónica Gaspar “Macau em Contraste (2010-2018)”;
- o acolhimento na Biblioteca Escolar da exposição de fotografia de Mónica Gaspar “Macau em Contraste (2010-2018)”;
- a doação de um pequeno espólio de 54 monografias sobre Macau e o Oriente em geral.
 Estamos entusiasmados com esta parceria!

Isabela Figueiredo na Fernão

O auditório repleto de alunos e professores esperava com ansiedade a sessão com a escritora. Os alunos – 10º5, 11º7, 12º3/6 e 12º3/4 - sabiam que a autora era bastante conhecida, sobretudo em Portugal e no Brasil. Sabiam que o seu primeiro livro, Caderno de Memórias Coloniais, já ia na 11ª edição, sabiam que A Gorda era um livro recomendado e que o último romance falava da solidão e, de alguma forma, da proteção dos animais. O que não sabiam era que Isabela é uma simpática comunicadora, uma autora conhecida mas muito acessível. De facto, Isabela Figueiredo dirigiu-se aos alunos com a ternura e a compreensão de professora, privilegiando o diálogo e a interacção com os adolescentes. Disponibilizou-se a falar dos seus livros, do seu passado e da importância deste na sua escrita. Ou melhor, percebemos que a desconstrução do passado é algo importante para nos autoconhecermos e autoregularmos a nossa ação. Isabela faz isso com a sua escrita e isso torna-a feliz.
A conversa que tivemos com a escritora fez-nos lembrar de que só se é feliz quando se faz o que se gosta!

ISABELA FIGUEIREDO

A convite da BE, Isabela Figueiredo vem à nossa escola no dia 31 de outubro de 2023. Esperamos a sua visita com ansiedade e muita expetativa até porque Isabela foi professora de Português na Fernão durante uns anos.
Foi em 2009, com a publicação de Cadernos de Memórias Coloniais, que a escritora ficou conhecida do grande público. O seu sucesso consolidou-se, sem dúvida, em 2016, com a publicação do seu primeiro romance A Gorda.
Este livro conta a história de Maria Luísa que, tal como a autora, vem de Moçambique após o 25 de abril. Maria Luísa relata, com sinceridade e sem polimento, as histórias das suas relações familiares, amorosas e de amizade. Histórias estas que considera, em parte, condicionadas pelo seu aspeto físico. São “quadros de intenso dramatismo que não deixa ninguém indiferente.” (Ed. Caminho)
A propósito de A Gorda, escreve a professora Margarida Paiva, da equipa da BE, o seguinte: “Emergem deste romance a força e a resiliência que nos fazem seguir em frente com a nossa existência, sem qualquer margem para desistir do rumo por nós traçado. Arrebatador!”
O seu último romance, de 2022, intitula-seUm Cão no Meio do Caminho. Este e os outros dois livros já mencionados podem ser adquiridos na Biblioteca Escolar para que a autora os possa autografar no dia em que vem visitar a Escola.