As histórias da nossa vida... As histórias na nossa vida...

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O Mês Internacional das Bibliotecas Escolares foi comemorado com a presença de Júlio Martín, actor e produtor de espectáculos que aceitou o convite de vir contar uma história. A lição, porém, a todos surpreendeu... O Mês Internacional das Bibliotecas Escolares foi comemorado com a presença de Júlio Martín, actor e produtor de espectáculos que aceitou o convite de vir contar uma história. A lição, porém, a todos surpreendeu...

O experiente profissional do Teatro Nacional D. Maria II, do Teatro Maizum, das vozes de filmes de animação e de locução em canais como “História”, Biografia”, “Discovery”,etc. começou por nos explicar a importância das histórias na nossa vida, a relevância da forma como são contadas, daqueles a quem as contamos e do modo de saber contá-las.

Entretanto, mostrou-nos a sua capacidade em contar histórias e cativar a audiência, com quatro ou cinco versões diferentes da original e tradicional História do Capuchinho Vermelho, das quais: Os melhores contos dos Irmãos Grimm, A História do Capuchinho Vermelho no século XXI, A História do Capuchinho Vermelho contada a crianças e nem por isso por Manuel António Pina segundo desenhos de Paula Rego, Contos de fadas politicamente correctos e Histórias em verso para meninos perversos, não deixando escapar as suas diferenças.

Como escrevia a aluna Rute Pratas, do Curso de Línguas e Humanidades, 11o5: “Achei todas as histórias e versões muito curiosas e interessantes, ainda mais com aquela encenação improvisada com a participação de cinco alunas e um aluno a interpretar as personagens de A História do Capuchinho Vermelho contada a crianças e nem por isso por Manuel António Pina segundo desenhos de Paula Rego”.

A vida das marionetas

Júlio Martín deu ainda vida às marionetas expostas, soltando o seu lado mais divertido, de fácil interpretação e protagonização das personagens, conseguindo também despertar quem assistia, levando o público a rir e a participar. Assim, as marionetas construídas para o efeito pela professora Branca Meira, de Educação Tecnológica, e vestidas a rigor segundo os desenhos de Paula Rego que serviram de inspiração à história, marcaram a sua presença viva nas mãos do actor/produtor de espectáculos. A avozinha chorou ternamente pela sua netinha, que não via há tempos; o lobo vangloriou-se da sua cauda de pêlo (o Engenheiro Lobo, num misto de ficção e realidade, como no-lo retrata Manuel António Pina); e a mãe passeou com elegância, ostentando a pele do animal com que, depois de o ter matado, fez uma estola para exibir às colegas no escritório, provocando a inveja do universo feminino. Foram estas as
personagens habilmente vestidas pelas professoras Cecília Lourenço e Conceição Marques. As professoras de Matemática, no seu afã de promoverem a leitura, também se transfiguraram em figurinistas e o resultado deste trabalho de equipa pode agora ser visionado na Biblioteca, onde estão expostas as marionetas, a que não falta a menina, com o seu Capuchinho Vermelho.

Com a sessão-espectáculo, todos riram e aplaudiram; muitos se envolveram; todos aprendemos a arte de cativar pelo movimento, pelo saber contar, pela estreita singularidade de voz, movimento, personagens, sonhos e fantasias, que só um livro pode conter!
 

Rute Pratas, nº 21- 11º 5
Mª Carla Crespo, Professora
(Texto a quatro mãos, numa aula de Literatura Portuguesa)