Uma Viagem à Índia é um dos 3 livros editados por Gonçalo M. Tavares desde o Outono de 2010 e que o autor define como uma narrativa, interrogando-se sobre a forma (em verso? O que é um verso?).

GMT partilhou ontem, em Oeiras, o seu processo criativo. Quando começa a escrever - dizia - não pensa no leitor nem no que vai escrever e procura não olhar para nada nem para ninguém no seu percurso, de madrugada, de casa para o ateliê. Uma banca de jornais seria um distractor, assim como qualquer contacto com o exterior. Assim, fecha tudo e fecha-se no seu espaço, em acelerada produção. "Escrever não é um acto social", refere Gonçalo M. Tavares, aquele que é visto como um promissor Prémio Nobel da Literatura. 

Quanto a viagens, nunca foi à Índia e ter ido teria contaminado, na sua opinião, a sua epopeia Uma Viagem à Índia, que estabelece algum paralelismo com Os Lusíadas e cujos episódios da tempestade e da batalha servem de intertextualidade em aulas de alguns professores de Português no país.